quinta-feira, 28 de junho de 2012

Quarto Infantil - Montando um Quebra-Cabeça

Realizando a pesquisa pela net para o post da próxima semana (sobre  o quarto infantil), encontrei umas ideias bem legais. Espero que sirva como fonte de inspiração não apenas para mim...
  
Olhem só os detalhes... Quadro de giz (que pode ser substituído por um quadro branco, para quem tem alergia), prateleiras, cadeira, tapete... Um conjunto tão simples, lindo e que não sai tãããão caro.

Além do que, algumas das coisas que coloquei abaixo dá pra fazer em casa com os pequenos.


Almofadas:



Móbile:
 

Casinha de boneca:
 reciclagem, jardinagem e decoração (página do facebook)

  Confesso que sobre esses detalhes eu esqueci de anotar a fonte... mas são tão legais que também achei uma boa trazer para o blog assim mesmo.



 

Um grande abraço!!!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

BRINCAR PARA SER FELIZ

Alguém já ouviu falar do "brincar desestruturado"? 

Esse termo encontrei ontem, por acaso, enquanto fazia pesquisas pela net. É a denominação utilizada pela jornalista Sam Shiraishi, no seu blog, a vida como a vida quer (www.samshiraishi.com), e que foi utilizado para a campanha do produto OMO, Se sujar faz bem, da Unilev. Esperto, não?


Esse brincar desestruturado nada mais é que aquele brincar descomprometido. O brincar pelo brincar, sem a interferência do adulto a limitar esperando um resultado específico. É um brincar de bola, de casinha, de bicicleta, um banho de chuva ou de mangueira, subir em árvores, brincar na terra etc.

Apesar de não ser trabalhado e não ter compromisso com resultados é a experiência mais rica na vida do ser humano, principalmente enquanto criança. É com esse brincar livre que o cérebro permite o desenvolvimento  afetivo, cognitivo e emocional da criança.

Qual é a química por trás disso? Sei lá?

 Que seja o aumento de serotonina! Cientistas ingleses estão desenvolvendo estudos científicos provando que o contato com a terra estimula a serotonina e aumenta a imunidade; enquanto cientistas canadenses estão fazendo um trabalho relacionando serotonina, humor e imunidade (Ex.: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2007/04/070402_imunidadeserotoninag.shtml). 

E o meu pai, que nem é cientista, já me dizia isso... 

Esses estudos falam de terra e são mais específicos. Mas por quê não iríamos além? Também é fato que atividades físicas e brincadeiras estimulam não apenas a serotonina, como ainda a endorfina, melhoram a coordenação motora, aumentam a capacidade de concentração, ajudam a relaxar, ao mesmo tempo em que, vencendo tantos obstáculos as crianças vão desenvolvendo a sua própria auto-estima. 

Por um momento surgiu a dúvida, será que essa brincadeira livre e descompromissada ajudaria qualquer criança? E as que aparentemente não querem brincar? E estou falando mais uma vez das crianças autistas. Aquelas, dentre as quais algumas aparentemente se sentem mais confortáveis se afastando de grupos. Será? Será que elas gostam tanto assim de se isolar e não gostariam de brincar, ou elas têm o seu próprio jeito de brincar? Será que elas só não conseguem um jeito de se inserirem no grupo? Será que esse brincar não seria o ideal, mesmo que com um pouco mais de atenção? 

Pois eu defendo que vale a mesma "regra". O brincar continua sendo a chave do crescimento para qualquer criança. A brincadeira livre e descomprometida é uma chave para o amadurecimento, não importa como ela gosta da brincadeira, se de início sozinha e se fazendo acompanhar aos poucos, com brinquedos ou com caixas, panelas, ou qualquer outro objeto. Importa mesmo é que ela brinque. 


Eu não sou profissional, sou apenas uma mãe que percebeu como brincar ajudou ao seu filho a sair do isolamento. E um ser humano que percebeu como a brincadeira faz bem aos primos e amigos do seu filho. 

E depois de tantas descobertas parei para pensar como pode coisas tão simples, tão pueris, como terra, sujeira e brincadeiras serem a chave para coisas tão complexas e belas? A chave para o desenvolvimento do ser humano... quer coisa mais complexa e bela que isso?

Fico pensando se a gente não complica demais a vida e se realmente a felicidade não é tão mais fácil de ser encontrada.

Um grande abraço!!!

PS.: O blog do OMO traz dicas legais sobre brincadeiras e desenvolvimento infantil. Vale a pena dar uma olhada. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

FÉRIAS!!! Oba!!! Mas... e agora, o que fazer? (postagem editada)


Fim de semestre é uma maravilha para as crianças! Enfim, as tão sonhadas férias escolares estão chegando!!!

Passar mais tempo em casa, sem obrigações... viajar, passear, receber e visitar os amigos, ir ao cinema... são tantos planos!
É muita energia e muita expectativa... E, em regra, ficamos preocupados em atender todos os anseios...


1 - Uma questão de pouco tempo!

Uma questão que preocupa muita gente é que as férias escolares nem sempre coincidem com as nossas férias... E quando coincidem, nem sempre a gente vai ter tempo para passear, viajar ou mesmo dar toda a atenção que desejam. 


Só para aliviar os mais estressados: apesar de haver psicólogos que defendam que o tempo com os filhos pode ser pouco, mas tem que ter "qualidade". Também há quem defenda que esse tempo deve ser maior, mas não precisa ser de total disponibilidade. O simples fato de estarmos juntos, dentro de casa, já transmite uma segurança que é indispensável. Bom senso é ótimo também nessas horas!!! E ouvir o coração, então... nem se fala!  

Para completar, além dessa segurança a gente precisa encontrar algo onde possam descarregar tanta energia, não é mesmo? Algo que permita um tempo só deles, onde não precisem tanto da nossa presença. 

E olha só essa ideia do blog manga com pimenta... dá até para trabalhar um bocado enquanto os filhotes fazem a festa!


 foto do blog manga com pimenta.


Mas vamos ver também outras ideias...


2 - Uma questão de organização! 

A primeira coisa que a gente planejou, aqui em casa, foi em elaborarmos juntos uma programação de férias - e está funcionando. Mesmo que não seja seguida ponto por ponto, o simples fato de elaborar em conjunto já é uma experiência gostosa... E dentro dessa programação muita coisa pode ser feita, vai depender do espaço, do gosto e das necessidades. Então, trouxe a ideia para cá! 

Um "roteiro", ou se preferir, uma rotina, com tempo para passeios (cinema, praia, piquenique), leitura, lanche, TV, vídeo game, desenho livre e/ou pintura, brincar com os brinquedos, organizar os brinquedos etc.

Mas, com roteiro ou sem roteiro, as dicas são as mesmas... e encontramos por aí muitas bem legais.

É bom pensar, inclusive, que através desse esquema estaremos trabalhando muita coisa, como organização, disciplina, respeito ao tempo e espaço do outro e, aos poucos, ajudando na aquisição da própria autonomia, mas de uma forma leve. 


3 - Uma questão de química! 

É lógico que não vou apresentar aqui um roteiro do que as pessoas devem fazer ou deixar de fazer, não acredito nisso. 

Mas trouxe algumas inspirações para o blog. Coisas que precisam de muita imaginação e pouco dinheiro! Vai depender mais dessa química entre pais, filhos e brincadeiras. 

Escrever um livrinho - Ah! Quem tem mais imaginação do que uma criança? E que tal aproveitar o cantinho de estudo ou um local especial para estimular essa aventura? 

Hora da leitura! - E para isso pode ser criado um local especial. Que seja confortável, mas que venham outros ingredientes para atrair a garotada!  

Hora do vídeo game - preciso dizer alguma coisa? Ah! Sim. Exagero nunca é bom. E vale lembrar também que se deixarmos essa atividade toma mesmo é o dia inteiro! 

Hora da TV - outra atividade tentadora, tanto para as crianças, como para nós, os pais. Absorvem demais as crianças, a ponto delas não solicitarem a nossa presença. Controlar o tempo também se faz necessário.

Teatrinho

No blog Manga com Pimenta encontrei essa dica de teatrinho de fantoches que achei bem legal. 

A imaginação vai às alturas com uma coisa dessas!!! Ainda tem que se falar do prazer de preparar uma peça e apresentar para uma plateia ansiosa!

É lógico que tem que ter a nossa participação, mas o ensaio pode ser em um horário que estejamos ocupados. Uma surpresa! Vou tentar aqui em casa, com toda certeza!




Móbiles
 


Ficam lindos e divertidos, não precisam de prática e podem ser executados com quase todos os tipos de materiais.  


Eu sou suspeita, pois sempre fui encantada com móbiles. Mas, para o post não ficar tão assustador colocarei os modelos em outro post.


Hora da brincadeira!
Aqui a imaginação pode deitar, rolar, pular e criar asas! E por quê não dentro de uma cabana?

foto do site - larcereja.com.br

Ou dentro de uma casa, embaixo da mesa, enquanto você trabalha?



 foto do blog - manga com pimenta

Arte com material reciclado
Tem criança que adora caixa, outras que gostam de coisas bem diferentes, mas, a maioria, gosta mesmo é de inventar... Pode ser alguns dos seus próprios brinquedos, pode ser enfeites, pode ser um presente etc. Vale a pena experimentar.




Brincando na cozinha - para quem tem pouco tempo, uma ajudinha é sempre bem-vinda. Já para quem tem muito tempo dá para trabalhar um pouquinho mais, fazer aquela receita de brigadeiro, quem sabe uma pipoquinha e um suco à noite para depois assistirem filmes juntos. Isso é uma delícia. Coloquei umas no post Brincando na Cozinha. Dá uma passadinha lá. Quem sabe algo lhe inspira...

Esse lugar colorido foi encontrado no blog casaderetalhos (http://catarinaregina.blogspot.com.br)



Ufa!!!
Até que enfim, chegamos ao fim!
E, felizmente, chegamos ao fim apenas do post, porque ainda tem muitas ideias legais que podemos trazer para dentro de casa!!!
Boa sorte!!!
E um grande abraço!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dia Mundial do Orgulho Autista - precisamos de sorrisos

O dia 18 de junho é o Dia Mundial do Orgulho Autista e eu não podia deixar de me manifestar.

Não estou aqui para falar de forma técnica. Nesse momento quero falar de sentimento. Vou falar daquele trabalho de formiguinha que as pessoas consideram insignificante, mas que, quando somados, fazem toda a diferença na vida de uma pessoa. É um abraço, um sorriso, um bom dia, um olhar compreensivo... para uma criança especial e para os pais dela.  E o porque dessa necessidade.

Muita coisa mudou desde que o Dr. Leo Kanner e o Dr.Hans Asperger  publicaram os primeiros trabalhos científicos a respeito  do autismo, em 1943 e em 1944, respectivamente. Já estão descobrindo até a origem e a cura do autismo. Mas enquanto não chega de vez, muito chão temos pela frente.

O mundo mudou. A sociedade tem avançado bastante na forma de enxergar os seus semelhantes e o próprio planeta. Estamos discutindo abertamente sobre preconceito e sustentabilidade nas escolas como um assunto sério. Estamos tentando conscientizar as crianças, ainda na escola, sobre as diferenças... sobre a inclusão. Estamos lentamente a caminho de um mundo melhor!

É bom poder afirmar que o mundo vem melhorando, que as pessoas estão mudando a sua forma de pensar. Mas ainda é muito pouco. Muitas pessoas ainda sofrem as consequências do preconceito. E isso não está longe de nós. Não estou falando de senhores de escravos, ou de pessoas que defendem uma raça pura etc. Não estou falando de pessoas ruins.

Essa é a parte que considero mais grave. É que grande parte do preconceito contra autistas e pessoas especiais é fruto do desconhecimento.

Estou falando de pessoas que convivem conosco. Pessoas boas, com famílias boas, com qualidades maravilhosas, mas que ao se depararem com algum comportamento não reconhecido como padrão, desenvolvem algum tipo de pânico. No desejo de se protejerem ou de protejerem os seus filhos acabam por incutir o medo da diferença. Mas se protejerem de quê?

O desconhecimento sobre o assunto machuca muita gente e esse trabalho de formiguinha (um machuca daqui, outro dali), pode desestruturar famílias, no momento em que os  seus membros mais precisam de apoio e de amor, principalmente a criança. E se a direção desse trabalho se invertesse poderia salvar tantas famílias e tantas crianças...

Um pouquinho de imaginação...
Bem, agora vou falar um pouquinho da parte mais dolorosa, porque muitos de nós já passaram por algo do tipo, seja de que lado for. Citarei exemplos com crianças porque são cenas mais comuns, mais fáceis de lembrar e porque causam maior empatia.

Imagine-se em uma festa de aniversário. Brincando no parquinho com outras crianças, inclusive o seu filho, está uma criança linda, alegre e satisfeita, talvez mais que as outras. Você notou que falava alguns sons estranhos, mas isso não significa nada... Na hora de sair do brinquedo a criança começa a chorar, chorar, chorar... o escândalo vai se prolongando a cada minuto a ponto de incomodar... os pais tentam acalmá-la e nada... no começo alguns até externam o pensamento, "ow, coitadinho"...

Imagine que o seu filho se sinta incomodado com a situação a ponto de querer sair logo do parquinho, mas os pais ainda estão tentando acalmar a criança sem sucesso... o seu olhar já mudou? O seu olhar e o dos outros pais, do tipo "Ah! Se fosse meu!!!". É difícil mesmo parar para imaginar o verdadeiro por quê da criança está chorando e os pais não terem o controle da situação.

Vislumbramos acima uma cena que ocorreria esporadicamente na vida de alguém que não convivesse com a dificuldade. Imagine agora uma outra situação em uma escola.

Todo dia, ao deixar e pegar o seu filho na escola, você percebe que uma das crianças não obedece o comportamento padrão. Um dia está deitado no chão, outro dia brincando de uma forma estranha, emitindo sons estranhos, no outro ele está chorando porque a mãe saiu. Mais um dia e a mãe volta a ficar sentada do lado de fora da sala. Outo dia e ele está deitado no chão batendo as perninhas.

Até então tudo bem, você não tem nada a ver com isso... Mas um dia você chega para pegar o seu filho e descobre que um amiguinho lhe bateu... em quem você pensou? E geralmente não é essa a verdade.

Nem passa pela sua cabeça que as crianças têm de manifestar agressividade e só assim ela vai poder ser trabalhada pela escola. Mas até então, tudo bem. Você se perdoou. Afinal, como você iria adivinhar? O problema é a reação diária e geral. Não é só você que vai olhar diferente... e o nosso olhar e os nossos gestos dizem tanto... Por outro lado, mãe tem as antenas ligadas, nada passa despercebido, principalmente quando o filho está mais frágil.

A sociedade está avançando. As escolas estão abrindo as portas para a inclusão, mas elas precisam do apoio real dos outros pais. Imagine a dificuldade dos professores para realizar um trabalho que consideramos tão digno! Imagine como a vida de todos poderia melhorar se todo dia a gente desse um bom dia ou um sorriso para essa criança, para a mãe ou para o pai, mesmo que não fosse correspondido com entusiasmo no começo - imaginem também como você estaria sofrendo no lugar deles.

Precisamos de um pouco mais, senão de amor, pelo menos de empatia pelos outros. Saber se colocar no lugar do outro, imaginar a sua dor, o porque do rosto amargo ou sofrido, o porque da falta de sorriso... compreender de fato e insistir em ajudar, nem que seja com um gesto, uma palavra, um sorriso ou um olhar!

Não exijamos atos bonitos dos outros na condição de que não tenhamos que participar dele! E não estou falando só em defesa dos autistas, mas de todas as crianças e adultos que são tratados com desprezo pelo fato de estarem agindo fora do comportamento padrão.

Coloquemos a nossa imaginação para funcionar!

Esse tipo desconhecimento não pode mais servir de justificativa para a omissão! Não cometamos os mesmos erros do passado! Quantos males não foram justificados pela ignorância?

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Um Cantinho Especial - Detalhes


Detalhes fazem toda a diferença! 

Quando se trata de criança, então...

Nesse momento da vida, tudo é muito especial. Uma boneca vira uma princesa, uma caixa vira um fogão, uma casa... ou um castelo. Um cantinho é o seu palácio e tudo vira magia!

E quando se contribui para esse mundo ser ainda mais especial, a diferença ganha proporções inimagináveis.

Trouxe, hoje, inspirações para dar um "upgrade" nesse mundo encantado.


Um cantinho, um detalhe... 
parece coisa tão pequena.
Tente fazer um para o seu filho,
e vai sentir a diferença...


Se é saudável vai amar.
Se está doentinho vai se animar.
Se é autista vai adorar.
Se tem sindrome de down vai se deliciar.

"larterapiabyjaque.blogspot.com"

Cada cantinho tem que ter a sua cara,
e se não tem dá-se um jeito.
Tira daqui, bota ali, mexe, remexe e... pronto!
fez-se a magia!
O resto fica por conta do encanto.

Arte & Enlevo (facebook)
E aqui, nesse cantinho, não importa as diferenças...
O que importa na verdade é que também tenha a sua presença!


Arte & Enlevo (facebook)


Reciclagem, Jardinagem e Decoração - Facebook

cristinaensinabrincarestudar


Reciclagem, Jardinagem e Decoração - Facebook

domingo, 10 de junho de 2012

Montando o Cantinho de Estudo

Reorganizar a casa não é uma tarefa tão fácil...  

Então decidi dar uma pausa e pesquisar como poderia melhorar as coisas por aqui. Achei muitas imagens e dicas legais sobre montagem e organização do cantinho de estudo e, como tinha tudo a ver com o blog, trouxe um bocado para cá.

O problema é que, nas últimas semanas, a criatividade falhou e o post que tinha escrito foi condenado (por todos nós aqui em casa). Acho que o meu lado técnico resolveu se manifestar na hora errada: mais parecia um ato oficial.

Depois disso, resolvi cortar, resumir, aumentar... Enfim, mudei, troquei, organizei e procurei mostrar mais o que achei de interessante por aí. Ainda ficou um pouco técnico, mas espero que funcione melhor.

Montando o Cantinho de Estudo

Um lugar só seu para estudar pode ajudar a criançada a se concentrar, a se organizar e até a melhorar o seu rendimento escolar, mas para isso acontecer esse espaço deve ser pensado com um tantinho a mais de cuidado.  O ideal é contratar um profissional, mas nem sempre isso é possível.

Projeto da Oba! Arquitetura

A gente encontra muita inspiração legal pela blogosfera. Olha só esse projeto da Oba! Arquitetura. Dá vontade de entrar e se instalar. Mas é óbvio que esse projeto maravilhoso não vai se encaixar no perfil de toda e qualquer família.

Bem, o fato é que a gente se encanta, mexe, remexe, organiza, deixa tudo lindo, mas nem sempre a criança consegue utilizar aquele lugar para estudar.

É preciso buscar uma visão diferente. Além de avaliar as questões básicas, é preciso perceber gostos e entender as necessidades, caso contrário o espaço pode não surtir o efeito desejado. Alguns itens podem dar uma ajudazinha para montar esse lugar:

1 - Encontrar o local ideal – Geralmente se pensa no quarto, mas a verdade é que pode ser no quarto, na sala, no cozinha, na varanda ou mesmo na garagem. É algo bem pessoal. Vai depender do funcionamento da casa, das atividades da família e das características da criança.

O essencial é que o lugar tenha boa iluminação e ventilação, que seja tranquilo e o mais silencioso possível, pelo menos nos horários reservados ao estudo, de forma que facilite a concentração.


O passo seguinte é procurar perceber se os futuros usuários se sentem bem nele. Conversar e fazer com que se sintam mais importantes por ter um local específico para estudar pode ajudar e tem funcionado com a gente aqui em casa, inclusive para aprender a organizar e a ter mais autonomia. Vale a pena tentar. 
2 - Ergonomia ou Conforto Ambiental - Muita calma nessa hora! Não é preciso enlouquecer tentando cumprir cada regra utilizada pelos profissionais. Mas algumas dicas podem ajudar a escolher o mobiliário.




A mesa ideal para crianças deve ter bordas arredondadas, profundidade média 60 cm (dimensões que permitam estudar e dispor o material) e uma altura boa, compatível com a altura da cadeira, que deve ser confortável.

Ambas devem ser adequadas para o tamanho da criança, de forma que ela não precise se pendurar na mesa ou ficar agachada. A altura certa permite apoiar os pés no chão, manter a coluna ereta e se reclinar apenas levemente para conseguir estudar.

Armários, estantes, nichos e prateleiras são mobiliários que servem de apoio a esse lugar especial, possibilitando a sua organização. 

PS: Na hora de planejar, vale a dica de anotar antes quantas pessoas utilizarão o local, seus gostos, suas características, quais atividades irão ser realizadas, qual material será colocado à disposição. 

2.1 - Uma boa iluminação é essencial para tornar o ambiente agradável, tendo grande influência na concentração. Algumas dicas podem nos ajudar nessa tarefa. 

A iluminação natural é sempre a melhor. Talvez por isso tanta gente coloque instintivamente a mesa de estudo próxima à janela. O local é ótimo, mas necessita de tantos cuidados quanto a iluminação artificial. E as dicas abaixo valem para qualquer tipo de iluminação (natural ou artificial). 

Dois fatores cansam a vista, podendo atrapalhar a concentração e até mesmo provocar dores de cabeça, mas são fáceis de evitar:




a) Projeção de sombras – a localização da mesa ou do ponto de luz colocado em local inadequado pode gerar sombras. Elas distraem, tiram a concentração e podem cansar a vista.

iluminação geral no teto - projetando sombras
iluminação direta (luminária) - ofuscamento

Solução: procure posicionar a mesa de forma que a janela ou ponto de luz não projete sombras. Caso a pessoa seja canhota, o ponto de luz deve vir da direita, se for destra a luz deve vir da esquerda.



b) Ofuscamento – A luz incide diretamente nos olhos do estudante. Nesse caso o incômodo ainda é maior que no primeiro caso, além de tirar a concentração, pode provocar dores de cabeça e outros incômodos. 

  iluminação direta fixada no mobiliário
situação de ofuscamento


Solução: se a mesa estiver de frente para a janela e o sol incidir diretamente nela, a primeira ideia é mudar a mesa de lugar, ou mudar o horário de estudo. Antes de uma solução mais drástica, que tal experimentar se uma cortina fina, tipo voal, ou uma persiana, pode solucionar o problema?

No caso de iluminação artificial, é mais fácil fazer modificações e adaptações. Fiz alguns desenhos de situações que encontrei no livro “Projetando Espaços, de Miriam Gurgel, 2ª ed.. Editora Senac, São Paulo, 2004”, e acredito que irão ajudar no planejamento. 

Situações propícias:



A iluminação geral, em regra, é feita através de spots embutidos com utilização de fluorescentes. E, apesar da frequência da lâmpada fluorescente incomodar um pouco a vista de pessoas mais sensíveis, ela ainda é a mais adequada para esse ambiente. 

Caso não seja possível a iluminação embutida no teto, outras opções viáveis são os trilhos com spots externos ou calhas externas para lâmpadas fluorescentes. Iluminação embutida no móvel com utilização de fluorescente e luminárias direcionáveis podem complementar e tornar mais agradável. 

PS: Lembrando que as lâmpadas halógenas, comumente utilizadas em abajures e luminárias direcionáveis esquentam bastante.  

3 - Decoração - Esse lado é mais pessoal. Para executar essa parte leve em consideração os usuários do local, as idades, características, gostos, os materiais a serem disponibilizados e como ficarão dispostos.

É bom lembrar:







a) Informação demais gera poluição visual e, portanto, desconforto, dificultando a concentração. O ambiente deve ter cores neutras, deixando as cores mais fortes para detalhes e para os próprios materiais; 

b) Cada coisa precisa ter o seu lugar (espaço para livros e cadernos, outro para lápis, canetas, tesouras etc). Os objetos devem ser o suficiente para atender as necessidades. Quanto mais coisas, mais difícil fica para organizar;

c) Quadro de horário, lousa, quadro para recados etc. Esses elementos contribuem para a decoração e ainda ajudam na organização.

E aí vai mais fotos para servir de inspiração:



"blogmargaretearquitetando.blogspot.com"

"blogmargaretearquitetando.blogspot.com"

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